Meio Seculo No Limiar Do Perigo

Correr de lambreta no interior de Minas Gerais. cruzar os Estados Unidos de moto. percorrer a Tailândia de bicicleta. subir o Himalaia. saltar de asa-delta: não há muitas aventuras que ainda faltem no currículo de Cláudio de Moura Castro. Ler as deliciosas histórias de Meio século no limiar do perigo é viajar por diferentes lugares e culturas. sempre com muita adrenalina. O economista. que já trabalhou na Capes. no Banco Mundial e no BID e hoje é presidente do Conselho Consultivo da Faculdade Pitágoras. nunca deixou de lado o espírito de desafio ao convencional. Antes reservados aos amigos e parentes. os relatos de suas proezas anuais agora chegam às mãos dos leitores pelas páginas deste livro emocionante. As aventuras do autor não se resumem a superações do homem diante da natureza. no limite de sua capacidade física e psicológica. Suas histórias muitas vezes questionam o estilo de vida do homem moderno. acostumado ao conforto e acomodado. “Perdemos a noção do desconforto das eras passadas. Ir do Rio a Minas era viagem de várias semanas. com perigos de flechadas. cobras e febres. além do desconforto da chuva e do calor. Hoje. as facilidades fazem com que enfrentemos por puro espírito de aventura trajetos e destinos profundamente desconfortáveis. Apanhamos chuva porque os sapatos são impermeáveis. e os blusões. de Gore-Tex. Mas a chuva é a mesma e acaba molhando”. reflete o autor. O espírito inquieto dos aventureiros que passam os dias em escritório e transformam-se em desbravadores nos finais de semana está normalmente ligado ao tédio do cotidiano repetitivo e burocrático. Mais que fazer um diário de bordo. o autor tece em Meio século no limiar do perigo uma narrativa na qual os sustos e os deslumbramentos se entrelaçam com a observação das pessoas. dos costumes e das tecnologias de outros povos. O leitor está convidado a percorrer essas trilhas de aventura. descobrir novos lugares e viver experiências inesquecíveis.