Peso | 651 g |
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Dimensões | 2 × 16 × 23 cm |
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O Revolucionário do Tesão – A Incrível História do Psiquiatra e Escritor Roberto Freire, o Bigode
R$30,00
- Autor: paulo jose moraes
- Editora: Pasavento
- Qtd. Páginas: 344
- Isbn: 9788568222447
- Código Estoque: 274688A
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É provável que o termo “agitador cultural” tenha sido usado pela primeira vez no Brasil na década de 60. Roberto Freire começou a agitar social e culturalmente, não só a sua própria vida, mas todo o seu entorno, também por essa época, contudo, talvez nunca tenha se atentado a toda a sua agitação, que não se conformava com atos isolados ou silenciosos, ao contrário, como podemos ver em sua trajetória, sempre correu riscos, perdeu empregos e amigos, desprezou caminhos fáceis, gritou, brigou, rompeu grandes e importantes relacionamentos. Levou ao extremo seus ideais, seguindo o modelo que ele tanto admirava dos velhos anarquistas do começo do século passado. Talvez fosse mais apropriado chamá-lo de “anarquista cultural”, não só por suas posições políticas, que o arrastaram a doze prisões e diversas sessões de tortura que lhe custaram, inclusive, o descolamento da retina, mas também por toda a sua amálgama-verve artística que o levaram a transitar pela literatura, o teatro, a música, o cinema, e a televisão.
Há também o Roberto médico, pesquisador, o psiquiatra, criador da Somaterapia, uma terapia corporal em grupo, baseada na teoria de Wilhelm Reich, discípulo dissidente de Freud, e no anarquismo. Este Roberto buscou entender o conflito neurótico – que gera conflitos e dependências – a partir das relações de poder presentes em vários níveis da sociedade. Assim, o anarquismo, com ética filosófica, permeou a metodologia da Soma, permitindo a identificação do autoritarismo nas relações interpessoais. Além da teoria reichiana, a Somaterapia também incorporou o aqui e agora da Gestalt-terapia, e as descobertas sobre a pragmática da comunicação humana presente nos estudos da Antipsiquiatria, especialmente o conceito de Duplo-Vínculo e sua implicação nas relações afetivas.
São tantos Robertos numa só figura, que um só autor não daria conta desta biografia, por isso a opção por reconstruir, coletivamente – assim como o Bigode gostava – sua história, por meio de memórias, pes