O Mar Esquecido Por Deus

Não existe pecado do lado debaixo do Equador. E a partir do paralelo 50, também não há Deus. É assim que o jornalista e velejador canadense Derek Lundy vê o Oceano Astral, que circunda a Antártida e tem as águas mais traiçoeiras do planeta. Em O Mar Esquecido Por Deus, novo título da Coleção Viagens Radicais – dedicada a aventuras nos locais mais inóspitos e inabitados do planeta -, Lundy conta a história da navegação nesses mares gelados e narra as aventuras de navegadores solitários que disputam a Vendee Globe, considerada a regata mais difícil do mundo. Uma circunavegação solitária pelas águas tempestuosas do mar no extremo sul do planeta. A corrida solitária de 12 mil milhas, sem escalas, a bordo dos mais modernos veleiros. Lundy explora e analisa porque os homens se sentem atraídos para situações de risco extremo e desastres quase inevitáveis. O Mar Esquecido Por Deus traz uma narrativa dramática que delineia os arquétipos do herói, um ser humano movido pelo medo, viciado em adrenalina e em busca do seu limite. Para isso, o autor organizou suas idéias, usando entrevistas pré e pós-corrida, relatórios de internet e sua própria experiência em navegação. Mas Lundy não se limita a recontar as aventuras desses heróis modernos. Relembra, também, a história das navegações nas águas geladas do Oceano Austral em um livro que vai empolgar não apenas os apaixonados pela vela, mas todos aqueles que vivem em busca de emoções fortes. Em meio a ondas tão altas quanto um edifício de seis andares, que se aproximam dos veleiros – praticamente uma quilha de carbono, com um mastro e vela – a 40 milhas por hora, O Mar Esquecido Por Deus acompanha a história de diversos competidores que completaram, ou não, a Vendee Globe de 1996-1997. O galante Brit, que retrocedeu várias milhas de um mar extremamente revolto para salvar outro velejador; um veterano de corridas viciado em nicotina, capaz de fumar um cigarro após outro, enquanto esperava seu barco terminar de afundar nas águas g