Peso | 381 g |
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Dimensões | 14 × 21 × 3 cm |
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Controle Remoto
R$11,25
- Autor: Rafael Cardoso
- Editora: Record
- Qtd. Páginas: 205
- Isbn: 9788501063182
- Código Estoque: 301721A
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Sexo, mentiras e videoteipe. Três coisas que Controle Remoto contém em abundância. No melhor estilo navalha no olho, o novo livro de Rafael Cardoso corta fundo na alma coletiva da sociedade dos reality shows e dos sites de câmeras ao vivo. O primeiro livro de Rafael Cardoso, A Maneira Negra, integrante da Coleção Negra, foi uma grata surpresa no cenário da literatura brasileira. Controle Remoto é seu primeiro romance e utiliza uma combinação explosiva de realidade cotidiana, fantasias perversas e estratégias narrativas sutis para gerar um retrato sombrio das relações humanas no admirável mundo novo da informação em excesso. A trama de Controle Remoto começa com um crime passional: o assassinato de uma jovem e cobiçada apresentadora de televisão por um professor de comunicação de meia-idade, com ecos nada distantes do caso Pimenta Neves e Sandra Gomide. Internado sob os cuidados do cunhado psiquiatra, o assassino, Aurélio Freire, tem sua trajetória recomposta por dez documentos de fontes diversas compilados em um único dossiê, que constitui o livro. Esse dossiê é legado pelo tio psiquiatra ao sobrinho, filho do assassino, que fica em posição idêntica à do leitor.
A partir dessa premissa, sobrepõem-se em camadas de conflito crescente as múltiplas vozes que competem para afirmar suas verdades sobre o caso: o tio compilador, o próprio assassino, a psicanalista dele, a amiga apaixonada da vítima, a esposa e mãe desesperada, os órgãos da imprensa, o discurso acadêmico formal e informal. Em meio a ruídos e dissonâncias de toda espécie, forma-se gradativamente a narrativa da autoridade sobre o crime. A quem pertence a autoria? Quem está manipulando os fatos? Quem controla quem? À medida que se lê Controle Remoto, as certezas vão se desfazendo e, ao final, embora tudo se conheça, sabe-se cada vez menos. Na era do sexo virtual e da morte televisionada, ninguém é apenas espectador.