Peso | 348 g |
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Dimensões | 3 × 15 × 23 cm |
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Coisa Frágeis V. 02
R$20,00
- Autor: Neil Gaiman
- Editora: Conrad
- Tradução: MICHELE DE AGUIAR VARTULI
- Qtd. Páginas: 166
- Isbn: 9788576164456
- Código Estoque: 334725B
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Em Coisas Frágeis 2, Neil Gaiman mostra sua versatilidade compondo poemas inspirados em contos de fada, “A Câmara Secreta”, “Cachinhos”, “Instruções” e “Inventando Aladim”, e criando narrativas sob a influência dos mais diversos elementos. As pequenas histórias que integram o conto “As Meninas” tiveram origem nas canções do álbum Strange Little Girls, de Tori Amos. Em “No Final”, Gaiman imagina como seria o último livro da Bíblia e acaba criando um Gênesis às avessas; já em “Pó Amargo”, lendas urbanas e os estudos de Zora Neale Hurston sobre cultura negra e vodu compõem uma narrativa que tem como cenário a cidade de Nova Orleans. O conto “Quem Alimenta e Quem Come” nasceu de um pesadelo de Gaiman, enquanto “Garotos Bonzinhos Merecem Favores” teve como ponto de partida lembranças de infância do autor.
A mistura de realismo e fantasia, tão característica das obras de Gaiman, também se encontra presente nesta antologia, principalmente em “Noivas Proibidas dos Escravos sem Rosto na Casa Secreta da Noite do Temível Desejo”, que recebeu o Prêmio Locus de melhor conto em 2005. Ao longo dessa narrativa, Gaiman promove uma divertida reflexão sobre realismo versus fantasia, ao abordar a dificuldade que o protagonista da história enfrenta para redigir um romance realista. Embora esse personagem considere a literatura fantástica algo trivial e afirme que esse gênero literário é uma forma de escapismo, no fim, acaba se rendendo a ele. O protagonista chega à conclusão de que é impossível escrever um romance que seja “a representação exata do mundo como ele é” e se justifica lançando a seguinte pergunta: “o impulso mais nobre da humanidade não é o anseio pela liberdade, o ímpeto de escapar?”
E é isso que Neil Gaiman faz em Coisas Frágeis 2, além de contar histórias, cria narrativas em que o horror se une ao humor, a doçura à crueldade e o realismo à fantasia para oferecer ao leitor um meio de libertar-se.