Peso | 320 g |
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Dimensões | 14 × 21 × 3 cm |
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Manuel Bandeira – Melhores Poemas
R$15,00
- Autor: Francisco De Assis Barbosa
- Editora: Global Editora
- Coleção: Melhores Poemas
- Edição: 16
- Qtd. Páginas: 175
- Isbn: 9788526003439
- Código Estoque: 346649A
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Manuel Bandeira se dizia um poeta menor. Mas Carlos Drummond de Andrade, que sabia das coisas, considerava-o “o poeta melhor que todos nós, o poeta mais forte”. Exagero de amigo? Talvez. Mas discreto, na justa medida em que o permite a justiça e a amizade. Manuel Bandeira nasceu no Recife, PE, em 1886. Tuberculoso, foi tratar-se na Suíça, regressando ao Brasil em 1917. Neste mesmo ano publica A Cinza das Horas, seguido de Carnaval (1919), livros renovadores e modernos, antecessores do modernismo. O que levou Mário de Andrade, alguns anos depois, a chamar o poeta de São João Batista da Nova Poesia. Nestes livros, como em toda a obra posterior, o poeta se mostra simples, coloquial, irônico. E irreverente, em poemas como “Os Sapos”, nos quais satiriza os parnasianos. Ou em versos como “Quero beber! Cantar asneiras”, levando um crítico da época a dizer que já realizara seu desejo. Outra constante: a nota autobiográfica e confessional, presente em seus versos mesmo quando o tom é impessoal. E a simpatia pelos seres e aspectos humildes da vida, para os quais a maioria dos poetas não tem olhos de ver: o gatinho fazendo xixi, os meninos carvoeiros, o camelô “dos brinquedos de tostão”. O verso livre passa a predominar a partir de O Ritmo Dissoluto (1924). O poeta alcança a plenitude em Libertinagem (1930), obra madura, equilibrada, um tanto pessimista, na qual se aguça o ceticismo e a descrença em relação aos valores humanos. Os livros seguintes, repletos de poemas admiráveis, mostram que o poeta não conheceu a decadência. Pelo contrário, teve forças para se renovar aos 50 anos e se interessar pelo concretismo, já na velhice. Faleceu em 1968, aos 82 anos, preparado para A Viagem Definitiva: “Ir-me-ei embora. E ficarão os pássaros/ cantando./ E ficará o meu jardim com sua árvore verde/ e o seu poço branco”.