O Último Trem Para o Cerrado

Sem lua é melhor, podemos escutar as estrelas”… “Mas para mim não era nada de destino não; foi o caboclo d’’água que o levou.” Onde começa o real, onde termina o imaginário? Talvez por trazer o gene de sua origem para tecer laços e conhecer o “mundo todo”, Miguel nos conduz pelo Cerrado, tornando-nos junto a ele hóspedes do universo poético, do sertão, do mundo de nós mesmos. Com toda narrativa escrita em primeira e terceira pessoa, Miguel é o retrato de uma voz. Sendo assim, o personagem mergulha numa existência partilhando experiência da terra, das ervas – até mesmo da drástica desumana ditadura militar. Ler Álvaro Horta é a própria viagem para o Cerrado de nós mesmos. E o trem de ferro partiu, levando com ele a esperança”… “Próxima parada, estação da Vila do Rio Manso. Era o bilheteiro nos acordando para a realidade”. Elene Maria