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O Cinema De Meus Olhos

R$10,00

LIVRO
  • Autor: Vinicius De Moraes 1913-1980
  • Editora: Companhia Das Letras
  • Qtd. Páginas: 310
  • Código Estoque: 35823A
  • Estado de Conservação: Condição geral: mediano, com desgastes pela ação do tempo e manuseio. Capa/Contracapa: com leves desgastes nas extremidades. Folha de rosto: com manchas de oxidacao. Páginas: levemente amareladas pela ação do tempo; amareladas na lateral do miolo. Nada que atrapalhe a leitura.
  • 1 em estoque

    Peso 476 g
    Dimensões 13 × 21 × 3 cm
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    “Terríveis são as viagens no tempo e O cinema de meus olhos é uma delas. Terríveis hoje em dia, pois remetem a um passado que era quase um futuro, um passado que se mostra muito mais refinado que estes duros choques do presente. O cinema era uma seqüela do sonho e virou um trem fantasma envenenado, uma sucursal da guerra. Nesta viagem no tempo que são as crônicas de Vinicius, vemos que o cinema já teve uma alma, e que mesmo os mais comerciais produtos de Hollywood tinham inocência. Como era delicado o mundo sem a televisão… As imagens se moviam com um desejo de permanência, que hoje a poluição visual da “iconosfera” massacrou. Que poderemos ver, se tudo é uma horda infernal de imagens uivando por um lugar ao sol da mídia? Só o silêncio poderá salvar-nos desta gritaria.”Quando Vinicius ia ao cinema, a imagem era uma esperança, não um ferro-velho se amontoando em nossos olhos. Cada fotograma aspirava a um sentido, cada filme buscava uma remissão. A “Arte” ainda era uma força revolucionária. Um mundo belo e ingênuo fluía nas telas dos odeons, dos palácios, dos politeamas, dos roxies, dos rians, enquanto Vinicius andava de bicicleta com Rubem Braga no Leblon. O cinema tinha aura, hoje não tem mais. Antes éramos fans , hoje somos targets . Antes íamos sonhar no escuro, hoje vamos nos aturdir mais que na rua. Hoje toda fotografia é genial e todo filme uma droga. Mas não pensem que as crônicas e críticas aqui contidas sejam repassadas de ingenuidade e inocência, ou toscas visões de um crítico amador. Vinicius demonstra uma noção do que é (ou do que poderia ter sido o cinema) que arroja na ignorância os videoclipeiros, os intoxicados tecnicistas de hoje, que pensam que tudo começou agora. A ignorância é hoje, inocência é hoje, numa arte que parece andar para trás quanto mais os meios técnicos se aprofundam. Hollywood ainda sonhava um sonho democrático, Hollywood ainda não era o exterminador do futuro do cinema. Ler as crônicas de Vinicius não é um passeio por um passado q

    SKU: 97156Categorias: Crítica Literária, LivrosLoja: Loja Centro
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