01/06/2011
O lançamento foi resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultural (SECULT) e O Sebo Cultural. Contou com a participação do DJ Chico Correa, apresentando um repertório composto por músicas de Fela Kuti e clássicos do afrobeat.
“Reconhecido mundialmente pelo engajamento em causas sociais, sobretudo nos movimentos por igualdade racial, o cientista político e escritor cubano Carlos Moore lança no dia 1º de junho, às 21h, no Sebo Cultural, o livro “FELA – Esta vida puta”, biografia do maior expoente da música africana, Fela Kuti. O lançamento é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Sebo Cultural, e conta ainda com a participação DJ Chico Correa, apresentando um repertório composto por músicas de Fela Kuti e clássicos do afrobeat. Publicado originalmente em inglês, no início da década de 80, o segundo livro de Carlos Moore foi traduzido para a língua portuguesa sob revisão do próprio autor, radicado há mais de dez anos em Salvador, Bahia. Para Moore, a tradução cumpre a missão de levar a mensagem do líder e artista ao resto do mundo. A edição publicada pela editora Nandyala conta ainda com o prefácio do compositor Gilberto Gil. “Para países como o Brasil, com sua maioria negra, conhecer a obra de Fela é indispensável para o fortalecimento da consciência cultural. Além disso, a música de Fela é uma das coisas mais belas do mundo”, afirma Moore, que aos 69 anos recorda o passado de militância por igualdade racial ao lado de figuras como Malcolm X, Cheikh Anta Diop e Abdias Nascimento.m“FELA – Esta vida puta” retrata a vida do instrumentista e ativista político nigeriano Fela Anikulapo Ransome Kuti, nascido em 1938 e considerado um marco da música mundial. Além do precioso legado musical – a criação do afrobeat – o livro resgata a atuação de Fela Kuti em movimentos panafricanistas durante o período de transição política e forte repressão no continente africano. A obra narrada em primeira pessoa, pelo próprio músico, é resultado de aproximadamente quinze horas de depoimentos colhidos durante a passagem de Carlos Moore pela França e Nigéria.”