16/03/2012
“O videasta Jacinto Moreno lançou o seu novo curta metragem que tem o título de “Uma luz no fim do túnel”. Na ocasião, Moreno exibirá mais dois filmes com sua assinatura: “Taxi” e “Viventes”, este último com direção de Fernando Mercês. Segundo release do autor, “Uma luz no fim do túnel” explora a questão do alcoolismo, “contando a historia de uma mulher que é alcoólatra, que vive o dia a dia nos bares, menosprezando seus entes queridos, esquecendo-se dos seus afazeres familiares pra se enfunar nos prazeres do vicio, enfrentando os perigos da vida noturna, se embrenhando no calabouço da escuridão e chegando até ao fundo do poço”.
“Fiquei impressionado na noite desta sexta-feira, 16, durante o lançamento de mais um filme do irrequieto Jacinto Moreno, que botou “na praça” seu mais novo produto Uma luz no fim do túnel, durante um evento bem bacana na área de eventos do Sebo Cultural, ali na avenida Tabajaras. A obra retrata a problemática do alcoolismo, a partir do ponto de vista duma mulher de meia idade que consegue superar o vício. Apesar de se tratar do mais legítimo exemplar do cinema alternativo tabajara (bota alternativo nisso!), o que transcende mesmo na coisa é aquela velha áurea de magia que só o cinema produz, com dezenas de pessoas vidradas numa tela, esperando o desenrolar da trama. Espaços assim são raros em Jampa. Onde as manifestações culturais e gerações dialogam. Onde os públicos são ecléticos e heterogêneos. Onde se possa assistir um filme 100% made in aqui mesmo e voltar para casa com a sensação de que a cultura paraibana se movimenta, independente do financiamento público ou do apoio das empresas. “Custo zero”, garante Moreno ao ser perguntado quanto foi seu investimento na produção da “película”. Não dá pra acreditar, mas o cara faz filmes com a cara, a coragem e uma filmadora na mão. A avant premiére aglutinou pessoas interessantes num mesmo espaço por algumas horas. Atores e atrizes desconhecidos se confraternizando com o público anônimo e gentil. Mesmo o engasgo do DVD não conseguiu macular a energia positiva que um momento como esse proporciona. Ao final, sai cognitivamente saciado e emocionalmente estimulado, pelas trocas simbólicas e de pertencimento que aquele evento favoreceu. Parabéns Moreno, parabéns Heriberto!” (Dalmo Oliveira).