Peso | 544 g |
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Dimensões | 2 × 16 × 23 cm |
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Te mando flores da Grécia: A autobiografia da jornalista que transformou uma tragédia pessoal em uma volta ao mundo inspiradora
R$45,00
- Autor: Paula Brukmüller
- Editora: Livr(a)
- Edição: 1
- Qtd. Páginas: 283
- Código Estoque: 385608A
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Prefácio “Te mando flores da Grécia” requer um prefácio de advertência: o humor não será usado como camuflagem em nenhuma linha deste livro. Nenhuma palavra sequer. Em vez do recurso inventado com maestria por Jane Austen e usado com sagacidade por mulheres em autobiografias e ficções que chegaram às listas de “mais vendidos”, Paula Brukmüller respira fundo (se for de frente ao mar, melhor ainda) e desnuda-se, completa e inteiramente, bem em frente de quem lê. Paula usa a tragédia pessoal de sucessivos abortos, tentativas para engravidar, do fim de um casamento e da mudança para uma cidade que não era a que nasceu, como uma máquina retroescavadora. Enquanto completa uma volta ao mundo, sozinha e com uma mochila nas costas, busca quem quer ser, mas principalmente puxa de si mesma prazeres perdidos da própria feminilidade, e revela-se hedonista, devota, sensual, reprimida, egoísta, amiga. O começo desta jornada é mesmo “um milagre do inconsciente”. A conversa com o próprio pai na Capadócia é uma ternura. O assediador na Grécia é insuportável. O amante 10 anos mais jovem é uma delícia. As bebedeiras com duas amigas na Tailândia são selvagens. Nesta jornada de quase 400 dias por dezenas de países, ela não usa filtros. O salto corajoso de um penhasco que desafia o azul do mar Mediterrâneo acaba com um bumbum vermelho, e muita vergonha. O banho “nude” em uma cachoeira secreta no deserto do Chile é libertador, mas testemunha-se também o árido trajeto até lá. Estão lado a lado: o chão de cerâmica vermelha imunda, o frio na Rússia, ratos, fome, extravagâncias, falta de dinheiro, vistos negados na Oceania, lágrimas, orgasmos, inseguranças, topless, extorsão na Tailândia, bebedeiras, ressacas, nomes esquecidos no Atacama, paisagens de tirar o fôlego. Ao encarar a própria vulnerabilidade de maneira tão orgânica, Paula corre o risco de ser admirada, odiada e, numa época de julgamentos tão líquidos quanto relacionamentos, condenada. Mas a decisão de expor a própria jornada não é