Peso | 298 g |
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Dimensões | 3 × 14 × 21 cm |
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Repúblicas Dos Becos
R$40,00
- Autor: Luis Augusto Cassas
- Editora: dois por quatro
- Qtd. Páginas: 132
- Isbn: 9786588812570
- Código Estoque: 40647A
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“República dos Becos é um livro que já nasceu clássico. A ideia de clássico que tenho em mente, no entanto, está longe do embolorado obrigatório normalmente associado ao termo. Clássico aqui, como já disse alguém, é aquilo que renova de forma permanente o frescor de sua juventude. Pois é isso o que vem acontecendo ao livro de estreia de Luís Augusto Cassas. Ao longo de seus quarenta anos de circulação, esse conjunto de poemas manteve o fôlego e a disposição de diálogo com o tempo presente. O mesmo vigor com que veio à luz na São Luís do Maranhão do início dos anos 1980, quando os ventos começavam a soprar para longe os miasmas da ditadura militar, que ainda ensaiava falar grosso em meio aos seus estertores finais. Desde o achado de seu título, essa República trazia pés e coração firmemente plantados na ilha de São Luís, fazendo da capital maranhense sua base de lançamento, a bordo da icônica editora Civilização Brasileira, a mesma que, cinco anos antes, havia encarado a missão de publicar o Poema Sujo, de Ferreira Gullar, na fase mais sombria do governo militar. Aliás, é interessante descobrir pontos de contato entre as duas obras, que se irmanam na força e no amor desiludido à cidade. E foi como um míssil cirurgicamente estilhaçado que República dos Becos atingiu o país em pontos nevrálgicos, fazendo de seu autor uma personalidade instantânea nos círculos literários do país. Uma promessa que o tempo haveria de confirmar. Poeta de obra caudalosa e desafiadora do ponto de vista crítico, o maranhense segue sendo, na essência, o autor do inaugural República dos Becos. Em outros termos, o livro de estreia reverbera por toda a sua prolífica existência como poeta. As bases de sua poesia estão todas contidas ali. É de uma beleza alentadora perceber como o poeta permanece fiel a elas, não por compromisso forçado de coerência, mas por temperamento artístico e espiritual. A naturalidade com que os novos poemas se integram ao corpo original da obra é exemplar nesse sentido. É