04/11/2010
Texto de Walter Ramos (Poeta, Roteirista e Conselheiro Editorial – Grupo Paés)
Este livro, que acaba de ser lançado, em sua 2ª edição, e inaugura a linha editorial literária do Grupo Paés, traz um tratamento distinto no design gráfico e na relação extratextual acerca dos poemas e algumas ilustrações pertinentes às temáticas reveladas ao longo das suas páginas. Resultado da trajetória de um poeta cajazeirense que se instala no Recife há 17 anos e passa a exercer influência sobre os espaços ligados à poesia marginal, se distancia de muitos pela qualidade de sua lírica urbana, ao mesmo tempo em que reverencia diversos tropos do sertão nordestino, e do paraibano em particular, permeando o sonho e o delírio numa poesia meditada e tensa.
Aldo Lins vem ser um dos poetas mais intensos no seu ofício de criação. Passou a última década envolvido com a vida literária recifense, promovendo encontros e recitais. O Hospício Poético e o Canta Boa Vista são eventos bem sucedidos encabeçados pelo bardo. Está incluído na galeria dos chamados poetas marginais. Mas mais marginais porque à margem do mercado editorial, denunciando a difícil tarefa de se publicar poesia na cidade de Cabral e de Bandeira.
Hoje, com o seu “Alma de Vidro”, prefaciado por Jaci Bezerra e texto das orelhas assinado por Ângelo Monteiro, dois dos maiores poetas da língua portuguesa, ganha fôlego a sua poética da urbanidade, luz e penumbra, chegando ao público o resultado da sua vida lograda em poesia.”
