Peso | 280 g |
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Dimensões | 1 × 12 × 18 cm |
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A cidade assassinada
R$25,00
- Autor: Antonio Callado
- Editora: José Olympio
- Edição: 1
- Qtd. Páginas: 190
- Isbn: 9788503013932
- Código Estoque: M43597A
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A cidade assassinada, primeiro texto de dramaturgia de Antonio Callado, nasceu como homenagem aos 400 anos de cidade de São Paulo e hoje é um clássico da literatura brasileira.
Escrita e encenada na década de 1950, A cidade assassinada transporta o público para o Brasil de 1500 em três atos, junto de personagens históricos e lendários, como João Ramalho e padre José de Anchieta.
Com um texto riquíssimo, recheado de camadas históricas e de intertextualidades, Callado apresenta em A cidade assassinada, suas preocupações políticas – que aparecerão em obras posteriores, como no seu romance Quarup –, como a condição indígena, a colonização religiosa, a formação do povo brasileiro e a imposição de uma lógica de progresso, que vinha a todo vapor no Brasil de Juscelino Kubitschek.
Na peça, a cidade de Santo André da Borda do Campo está ameaçada pelos desejos do governo-geral em transferir o pelourinho (símbolo da presença civilizatória) para a vila de São Paulo. Junto a isso, um conflito de interesses relação ao trato dos indígenas da região se desenha entre a violência física dos primeiros bandeirantes e a violência simbólica dos jesuítas. A guerra entre os homens se aproxima, mas não sem antes considerar a ação decisiva de Rosa Bernarda, mulher e mameluca – personagem feminina forte, como é marca no teatro de Callado.
Ao mesclar memória histórica e ficção, textos clássicos como Auto de Anchieta, Iracema e Cantares de Salomão, o autor, imortal da Academia Brasileira de Letras, é capaz de fazer emergir a própria identidade brasileira. Na peça são apresentados conflitos políticos, que mesmo representados nos interesses entre colônia e metrópole são até hoje perceptíveis, e conflitos amorosos, incluindo a batalha ética entre amor e dever. São discutidas também a própria condição e missão da arte e a busca pela liberdade ― temas particulares e gerais, que são capazes de transpor A cidade assassinada para o rol das grandes obras de alcance universal.