A Falencia Do Estado Moderno

Plínio Cabral apresenta no livro A Falência do Estado Moderno (selo Escrituras), um estudo da vida social, do desenvolvimento e dos conflitos, mostrando que o Estado, como organismo gestor da sociedade, deixa de cumprir suas funções. Segundo o autor, há uma contradição entre os objetivos das minorias governantes e os interesses das maiorias. As maiorias não conseguem ver além do imediato. As minorias, geralmente, têm um projeto mais avançado. Mas hoje essas maiorias tornam-se mais ativas, graças aos meios de comunicação, e sua visão amplia-se. Entre outros fatores, a violência e o terrorismo são sintomas visíveis da falência do Estado, de sua desestruturação e desvinculação do povo e da sociedade. O gigantismo do poder tende a esboroar-se: a própria globalização atua contra o Estado que se decompõe e perde suas próprias fronteiras. As economias informais se apresentam como respostas à pressão fiscal e as comunidades atuam à margem do Estado, produzindo suas próprias leis. A Falência do Estado Moderno é um estudo sociológico, publicado há vinte anos, análise revolucionária e avançada que o tempo veio confirmar, quando mostra a deterioração dos governos que, especialmente nos países subdesenvolvidos, transformam-se em instrumentos da corrupção mais deslavada, apropriando-se do dinheiro público para benefício próprio.