Belleville – Ha Sempre Uma Palavra Que Nos Une

O que você faria se pudesse voltar no tempo? Se pudesse, Lucius aterrisaria em 1964 para ajudar Anabelle a realizar o grande sonho de seu falecido pai! De quebra, ajudaria a moça a enfrentar alguns problemas muito difíceis, entre eles resistir à violência do seu tio Lino. Claro que conhecer de perto os lindos olhos que ele viu no retrato não seria nenhum sacrifício… Lucius acaba de se mudar para Campos do Jordão para cursar a faculdade e morar sozinho pela primeira vez. Os primeiros dias são difíceis: os alunos do diretório acadêmico não perdem a chance de importuná-lo, mas ele não liga. Prefere evitar confusões. O casarão que alugou, apesar de aconchegante, está precisando de uma reforma, depois de anos abandonado. No quintal dos fundos, um galpão cheio de desenhos antigos, uma incrível Vespa com o motor travado e o início de uma construção estranha, que desafia a curiosidade do rapaz. Uma carta escrita há 50 anos responde suas questões. Nela, a remetente aproveita para fazer um convite que, a princípio, provoca um frio na barriga do rapaz: continuar com a construção da montanha-russa de madeira que foi o sonho do pai dela, um fotógrafo morto nos anos 1960. Ele decide responder a carta, e, a partir desse momento, sua história mudará para sempre. Lucius nunca mais vai querer se separar de Annabelle nesta história que ultrapassa o tempo. “Sei que uma história é boa quando ela ‘gruda’ na minha cabeça, fazendo com que eu pense nela por alguns dias, mesmo depois de ter terminado a leitura. Com Belleville foi assim. Impossível esquecer Lucius e Anabelle.” – Marina Carvalho, autora de Azul da Cor do Mar e Simplesmente Ana.