Peso | 246 g |
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Dimensões | 1 × 14 × 21 cm |
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Cotidiano, o sagrado
R$23,75
- Autor: Luís Augusto Cassas
- Editora: Dois por Quatro
- Qtd. Páginas: 88
- Isbn: 9786588812563
- Código Estoque: 214606A
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“Luis Augusto Cassas trafega no mundo e presencia o encontro entre duas realidades – aquela que emerge em sua materialidade e constrói o ordinário e a outra submersa numa dimensão paralela. Essa última, depositária do incomunicável. Sombras que os olhos do corpo não enxergam. Nem tampouco o entendimento maniqueísta supõe. O poeta testemunha a colisão das realidades em questão. Uma hóspede na mornidão dos dias e a outra, sonegada à superfície, guardiã do obscuro emaranhado de fios ocultos debaixo da materialidade das coisas do mundo. Misturadas as realidades formam um terceiro elemento complexo que carrega em sua órbita a energia da qual é constituído. São anímicas as “coisas do mundo”. Restritas em sua palpabilidade e inesgotáveis em sua incorporeidade. Nesse fenômeno não há o que no mundo concreto e presente não seja também côncavo – abrigo de ancestralidades e mistérios. Há registros encarnados na menor das partes. Infindável a pluralidade de aspectos que podem constituir um objeto, um ato, um fato, uma relação etc. Algumas generalidades são universais. A finitude, entre elas, é uma mancha que jaz impregnada em tudo que vive. Motivo de sofrimento para nós humanos e germe de paralisações do sentir. Para defender-se da dor trazida pela ameaça da finitude acontece a hipertrofia da racionalidade e a atrofia da experiência emocional frente à aluvião do viver. Mas o caso é que “as coisas do mundo “estão imantadas de propriedades etéreas. Se não pudermos senti-las não alcançaremos o infinito impalpável que vibra pulsante no finito palpável. Em Cotidiano, o sagrado o poeta encarna suas vivências com esse emaranhado de realidades. O poeta ausculta o drama do mundo em sua batalha entre o chão e o firmamento. Vislumbra o anseio humano de aferrar-se ao solo e expulsar o transitório e sua antagônica aspiração em ter asas e desprender-se do perene. Egresso desse enlace esculpe seus poemas. Mergulhar neles conduz ao contato com algo imaterial, pujante e aerado. À presença voejan