Em busca do thesouro da juventude

As aulas de português do colégio costumavam ser cansativas, e o menino não entendia o motivo de tanta obsessão gramatical. Certo dia, porém, o professor dá uma aula diferente: ele lê para a turma a história de um homem excêntrico que chega à pequena cidade de Tubiacanga. O novo morador era um químico respeitado e, na cidade, adquire fama de sábio. De um dia para o outro, corpos desaparecem misteriosamente do cemitério. A população logo descobre o responsável: era o forasteiro, que estava fabricando ouro com os ossos dos mortos da cidade.Em casa, o menino também ouvia histórias incríveis. Sua mãe lia o Thesouro da Juventude, uma coleção que tinha muitos volumes, como “O livro da Terra”, “O livro da Natureza”, “O livro das poesias” e “O livro das belas ações”. Além dessas aventuras da imaginação, uma aventura real espera pelo menino. No dia seguinte à leitura do conto, o professor desaparece. O pequeno protagonista então faz uma proposta aos colegas de colégio: ir procurá-lo no cemitério da Consolação. Será que o professor teria ido em busca de ossos para fabricar ouro, como no conto que havia lido em classe?Neste Em busca do Thesouro da Juventude, a experiência pessoal alimenta a imaginação: o conto que fascinou o menino é “A nova Califórnia”, de Lima Barreto, que Luiz Schwarcz realmente ouviu de um professor na escola. As histórias da coleção Thesouro da Juventude lidas pela mãe, assim como as óperas ouvidas pelo pai (que o autor descreve no livro), também são mais verdade do que ficção. O resultado é uma história sensível e empolgante sobre o amor pela imaginação e pela leitura.