Suzana Flag é Nelson Rodrigues. Era esse o pseudônimo com que Nelson assinava os folhetins que escrevia para os jornais de Assis Chateaubriand nos, anos 40. O folhetim era a novela de TV do passado. E, a exemplo desta, contava uma mirabolante história de amor que prendia o público durante meses. O primeiro deles, Meu destino é pecar, de 1944, fez tanto sucesso que a autora se tornou uma celebridade nacional. Poucos sabiam que Suzana era Nelson, – para as pessoas, ela existia de verdade. Escravas do amor, daquele mesmo ano, foi o segundo que Suzana Flag publicou. Assim que a história terminou, no jornal, saiu uma edição em livro, hoje artigo de colecionadores. Esta é a sua segunda edição, 57 anos depois. É uma das narrativas mais delirantes, de Nelson, com trama e paixão em estado puro, ação incessante, um clímax depois do outro e – hoje, mais ainda – um delicioso sabor de época.