Jesus E O Cristianismo V. 01 Ciencia Religiao E Politica (f-565 / 20)

Na medida em que moldava o homem a sua imagem e semelhança, um suposto deus demonstrou não ser perfeito, enquanto sua propalada onisciência entrava em crise, a partir do momento em que se arrependeu da obra de sua criação (Gn 1:26-27 e 6:6-7). Por que não fez uso prévio desta faculdade, sondando o futuro do ser humano? Como não o fez, demonstrou incompetência e aí, coitado; perdeu feio! No final restou somente a dúvida: “Como um ser perfeito criaria um mundo imperfeito? Como sendo bom, deus permitiria tanto mal?” Durante o estudo, o leitor depara-se com isso e muito mais. De repente, sem muito esforço, constata que em nome da fé que cega e aliena e da luta surda por riqueza e poder, tudo; mas tudo mesmo é possível.
Num outro momento, ou quando Javé solicita uma contribuição em ouro, prata e bronze dos israelitas, o Autor assicia o fato ao pagamento antecipado da Dívida Externa do País, comentando os assuntos sem demagogia, histerismos e bravatas. Por ocasião da entrega das tábuas da lei, aos legisladores Nemo, Mises, Zarathustra ou Moisés, um evento contido na mitologia de várias civilizações, antevê a ligação entre o fato e o uso equivocado do Diário Oficial da União pelo executivo, nos dias que precedem as grandes votações no Congresso. Alguns fatos ocorridos nos dois grandes Conflitos Mundiais, como o afundamento do Lusitania e o lançamento da bomba atômica em populações civis, além do episódio Riocentro, na ditadura militar, são lembrados de forma direta, sem paixão e revanchismo. AMÉM!