Nem Sonhando

2001 foi o ano de Bridget Jones. A inglesinha divertida conquistou o que ainda faltava do mundo depois que o romance de Helen Fielding ganhou as telas dos cinemas. A personagem hilariante conseguia juntar, em uma só mulher, medos, ambições, dúvidas, projetos de vida, anseios, paixões, fantasias sexuais e o humor que representam toda uma geração de garotas (que ou estão chegando ou acabaram de cruzar a barreira dos 30). Em 2002 é a vez dos homens. Chegou a hora de os brasileiros serem apresentados a Johnny Riley, o protagonista de Nem Sonhando!. Um homem de seus 30 anos, igual a inúmeros namorados ou companheiros de botequim que conhecemos, com uma grande diferença: mesmo com todo o machismo, Johnny não tem medo de expor seus sentimentos. Se não para seus amigos, ao menos para os leitores.

Johnny, desde as primeiras linhas, vive enrolado com um dilema: pediu a mão de sua namorada, mas não consegue falar a palavra casamento. Finalmente acaba cedendo. Pedido aceito, ele se vê às voltas com listas de convidados, cerimonial, convites, roupas e tudo o mais que envolve a festa, enquanto, em contrapartida, se questiona se esta foi mesmo a melhor decisão. Em pânico, Johnny surta e foge para um mundo de fantasia, onde pode ser como James Bond ou Luke Skywalker. Nesse estado confuso, ele não sabe se vai arcar com as responsabilidades da vida de casado. Afinal, ele é um sujeito preguiçoso, mais interessado em cerveja e futebol, enquanto ela é uma profissional muito mais bem-sucedida do que ele. Só que de repente tudo começa a dar errado. A mulher suspeita que ele está tendo um caso, ele enfrenta problemas no trabalho e vê diversos relacionamentos à sua volta desmoronarem. Apavorado, vê seu próprio casamento em risco e teme perder a melhor coisa de sua vida. Problemas que se acumulam no difícil dia-a-dia da vida a dois, que o obrigam a decidir, a todo instante, se tomou realmente decisão correta.

Nem Sonhando! é uma impagável comédia de costumes com o inusitado ponto de vi