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O visgo das coisas – poemas

R$25,00

LIVRO
  • Autor: Expedito Ferraz jr
  • Editora: penalux
  • Qtd. Páginas: 92
  • Isbn: 9788558332880
  • Código Estoque: 42254A
  • Estado de Conservação: Condição geral: bom, conserva-se em boas condições para o manuseio da leitura em relação ao ano de publicação. Capa/Contracapa: com leves desgastes. Folha de rosto: com manchas de oxidacao. Páginas: conservadas..
  • 1 em estoque

    Peso 250 g
    Dimensões 14 × 21 × 3 cm
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    “O Visgo das Coisas”, poema que abre a obra, também a intitulando, representa bem as tendências da escrita de Expedito. O poeta dedica seus versos as coisas do mundo, materiais, mas também aproveita a linha comum entre o existir, o ser, o sentir, e sua relação com o que há de tangível sobre a Terra. Questionamentos brotam da comparação saudosista com uma época no qual o “Ser” não era coisificado, objetivado, pelo contrário, o humano era exaltado na sua alma, da sua capacidade de expressão e criação, no entanto, agora, até mesmo os objetos materiais caem em desuso, assim, como aquilo que possui vida sofreu desvalorização, as máquinas-de-escrever, o guarda-chuva, os pássaros, também tem sua utilidade anulada pela alastrante apatia das coisas. O autor fala de um tempo, este tempo, no qual o visgo das coisas padece, pois falta luz, falta algo; talvez a própria humanidade, “tempo em que, por ser espelho, / o visgo das coisas padecia / mísero de luz”. Com o mesmo ritmo de tristeza por aquilo que no mundo abstêm-se, o autor radicalmente fala da aceitação da morte, trazendo imagens de cemitérios, com suas valas vistas de um lugar alto. A altura da qual a vista desoladora do cemitério é enxergada é uma metáfora para a idade da maturidade, época em que o tédio do viver se acumula a ponto de ressecar a vista para coisas belas, no poema, o cemitério é tido como um espaço de padronização e massificação, “a certa altura, / resta aprender / a carregar os mortos / na vala comum / dos nossos próprios ossos”. Embora as letras e palavras de Expedito carreguem um pessimismo, quando a falar da morte, ou das padronizações, o autor enxerga as várias camadas da sociedade: os objetos, os semáforos, os animais, os cantores de rock, dos ídolos religiosos, todas as coisas são descritas, em sua complexidade quase despercebida, mas revitalizadas com o visgo de sua poesia.

    SKU: 108713Categorias: Livros, Poemas - PoesiasLoja: Loja Centro
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