Peso | 736 g |
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Dimensões | 3 × 14 × 24 cm |
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Os diários de Virginia Woolf – Diário 3 (1924-1930)
R$100,00
- Autor: Virginia Woolf
- Editora: nós.
- Tradução: ana carolina mesquita
- Qtd. Páginas: 586
- Isbn: 9788569020691
- Código Estoque: 302665A
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Entre 1924 e 1930, vemos, com força total, a Virginia Woolf que se imortalizou como uma das maiores figuras do modernismo e do século XX. Entre esses anos, Virginia publica e escreve a maioria das obras que a consagraram: em 1925, Mrs. Dalloway e O leitor comum, em 1927, Ao farol, em 1928, Orlando, em 1929, Um teto todo seu – e, em 1930, está no meio do processo de As Ondas, que lançaria em outubro do ano seguinte. Provavelmente não é coincidência que essa intensa produção tenha coincidido com a volta de Woolf para Londres após uma década vivendo em Richmond, cidadezinha próxima. O ano de 1924 marcou a mudança da Hogarth House (que deu o nome à editora dos Woolf) para Tavistock Square, em Bloomsbury. Com o privilégio do distanciamento histórico, nós nos surpreendemos ao abrir esse volume e ver, no dia 3 de janeiro daquele ano: “É quase certo que este ano será o mais repleto de acontecimentos de toda a nossa (já registrada) carreira”. Em 9 de janeiro, tendo conseguido a casa, ela diz: “(…) a casa já é nossa: & mais o porão, a sala de bilhar, com o jardim de pedras no alto, & a visão da praça em frente & dos edifícios abandonados nos fundos, & da Southampton Row, & de Londres inteira – Londres, tu és a joia das joias, & o jaspe & o júbilo – música, conversas, amizades, vistas da City, livros, edições, algo de central & inexplicável, tudo isso está agora ao meu alcance, como não acontecia desde agosto de 1913 (…).” Em 5 de abril, quando se muda, diz: “Ah, a conveniência deste lugar! & o encanto também. Voltamos dos teatros a pé, pelo meio das entranhas de Londres. Por que adoro tanto esta cidade?… se ela é impiedosa & seu coração, frio como pedra.” É nesse período, ainda, que floresce seu caso romântico com a escritora Vita Sackville-West. “Gosto dela & de estar com ela, & do esplendor – ela resplandece nas quitandas de Sevenoaks como uma vela acesa, dando longas passadas em pernas como faias, cor-de-rosa cintilante, cheia de cachos de uvas, toda enfeitada de pér