Peso | 530 g |
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Dimensões | 2 × 14 × 21 cm |
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Idioma |
Solar
R$15,00
- Autor: Ian Mcewan
- Editora: Compainha Das Letras
- Tradução: JORIO DAUSTER
- Qtd. Páginas: 338
- Isbn: 9788535917512
- Código Estoque: 221284A
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O ano é 2000. A maré de más notícias sobre o clima e o aquecimento global inunda o noticiário. Impossível ignorar o destino trágico do planeta Terra, traçado pelos especialistas com funesto alarde. Michael Beard, cientista consagrado e prêmio Nobel de física, não parece nada preocupado. Seus interesses atuais se limitam a fantasias eróticas – concretizadas ou não -, bebida e mesa farta, de preferência repleta de guloseimas pouco recomendáveis para um homem de sua idade. Autoindulgente e cínico, Beard não se comove mais com as homenagens que lhe são periodicamente oferecidas, apesar de apreciar as quantias que costumam acompanhá-las. Entrementes, o governo britânico, preocupado com as repercussões eleitorais do aquecimento global, resolve criar o Centro Nacional de Energia Renovável, e Beard é convenientemente convidado para sua presidência. Alheio, rodeado de pós-graduandos inexperientes e às voltas com um malfadado projeto de turbina eólica, o protagonista de Solar está obcecado pela traição de Patrice, sua quinta e jovem mulher. Apesar de ele mesmo lhe ter sido assiduamente infiel, não consegue compreender como pôde ser trocado por um pedreiro brutamontes e semianalfabeto. A fixação patológica em conseguir Patrice de volta e salvar o casamento o leva às maiores sandices, inclusive uma furtiva visita à residência do rival. Em 2005, após um acidente ocasionar uma reviravolta em sua vida, Beard começa a colher os resultados de uma revolucionária pesquisa sobre o uso da luz solar para a obtenção de energia limpa e barata a partir da água. Segredos do passado, no entanto, insistem em ameaçar a prosperidade conquistada, tornando imperioso mantê-los submersos, a qualquer custo. Numa narrativa marcada pela fina ironia em relação ao discurso “ecologicamente correto”, Ian McEwan converte o protagonista de Solar numa espécie de anti-herói picaresco, cuja trajetória marcada pela amoralidade e pela cupidez espelha com precisão a pusilanimidade da espécie humana frente ao desas